Antes de abrir o livro, o leitor se
indaga sobre o motivo do título. Será que o autor tratará de temas ligados à
psicologia, psiquiatria, casos clínicos? Terá o autor trazido alguma ideia,
algum conceito, explicação através de uma metáfora do exercício de seu
trabalho? Nada disso.
O leitor irá embarcar, junto com as
personagens destas crônicas, no táxi do Paulo Cesar, viverá cada situação
narrada por cada uma delas, talvez até se encontre em algumas das várias
peripécias – quem nunca teve um acesso de raiva? Quem nunca quis se dar bem em
algum momento da vida? Uma infinidade de acontecimentos, que nos são tão
comuns...
Não só entraremos e viveremos cada
narrativa, mas seremos levados ao destino tão almejado por cada personagem –
não digo sua casa ou trabalho, mas uma possível solução para seus problemas,
aflições. Se muitos costumam ir a psicólogos ou conversar com algum amigo, seja
em casa ou no bar, para desabafarem; neste livro encontramos um lugar também
propício a uma boa conversa, um lugar em que muitos expõem ao taxista o que
sentem, o que lhes aflige; muitos mostram o que são.
Uma mulher, esbaforida, corre em
direção ao táxi. Rápido, que está quase na hora de o marido chegar. Ambos
trabalham no mesmo lugar. Ela ficou altas horas no forró da Feira de São
Cristóvão. Que situação quando vê o marido na porta do prédio!
Diálogos rápidos e vivos, situações
corriqueiras, engraçadas, e tristes também, argumentação arguta do taxista,
pessoas que, por minutos breves no táxi ou no engarrafamento, refletem sobre a
provocação do Paulo...
Enfim chego ao meu destino, não
posso apresentar todo o livro nem segurar o trânsito da leitura...
Um proveitoso passeio!
Gabriel Sant’Ana
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