sexta-feira, 13 de abril de 2012

Tópicos de pontuação virtual

Primeiro tópico

As exclamações são um verdadeiro mistério nas mensagens virtuais... Talvez o problema esteja na minha leitura das frases mesmo... Mas fico sempre na dúvida se aqueles sinais indicam felicidade, tédio, raiva...
O ponto final também me deixa intrigado. Não é costume escrevermos usando acentos ou pontuações no Facebook, MSN... Pelo menos eu tomo esses espaços como lugares da quase total liberdade de regras gramaticais. As conversas são tão instantâneas que é desnecessário o uso do ponto final – salvo no final de uma conversa, que ainda assim não é tão necessário.
Explico melhor.
Primeiro este último ponto. Algumas regras intuitivas que dominamos ao nos comunicarmos naqueles espaços – não totalmente regras, mas usos que após conversas com algum número de pessoas percebo serem comuns.
As reticências são comuns para indicarem algo que está sendo escondido pela pessoa e que quer chamar atenção do outro, fazendo com que este pergunte o que seja, que lhe conte. Ou indicando tédio, cansaço, tristeza – normalmente nos inícios de conversas quando se responde à pergunta “como está?”. No início da conversa pode mostrar certo receio de quem inicia o diálogo, talvez por acreditar que esteja perturbando a outra pessoa, ou qualquer outro motivo que nunca poderemos delimitar – pois são humanos...
“- oi...
- olá
- e ae? Como vc está?...
- olha... nem sei te dizer...
- que houve?
- to tão cansado...”
E assim a conversa vai tomando seu percurso tradicional...
Como as reticências são um prolongamento das nossas intenções que vão se espraiando por palavras que ainda serão ditas futuramente mas que no momento em que se começa a dialogar são ocultas por elas (as reticências); o ponto final é o contrário delas. Isto é: literalmente que acabou o assunto, esgotou-se o que se estava falando, ou esgotou-se a paciência de quem estava conversando com você...
Mas os usos são tão pessoais certas vezes, que fica difícil demarcar que tal uso seja por tal causa. É melhor explicar que só no contexto conversacional se vai entender o uso do ponto final

Gabriel Sant’Ana

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