Roupas molhadas no varal.
Sol de meio dia.
Vento seco de agosto.
Rosto suado de trabalho.
Mãos gastas de vida.
Olhos cansados de catarata.
Entre os dedos ressequidos,
A antiga colherinha com açúcar
Para adoçar o cafezinho.
Sobre a mesa, pães
Do dia anterior, requentados,
Um pedaço de queijo
E a margarina.
Três de açúcar,
Dois de queijo,
Meia de margarina.
No fogo, a panela
Com água fervente.
No balde, a calça
De molho no sabão.
No chuveiro, o neto,
Para a escola.
Na cadeira, esperando.
Gabriel Sant’Ana
Gostei do ritmo, da métrica, de tudo! Continue assim amigão!
ResponderExcluirEsse jovem vai longe...Muito bom esse Poema retratando o cotidiano de quem todos os dias tem que dar conta das mesmas tarefas. Parabéns Gabriel. Grande abraço!
ResponderExcluir