quarta-feira, 29 de maio de 2013

Véspera de Corpus Christi

Talvez um momento propício para uma reflexão existencial. Ou algum comentário sobre a necessidade da religião para o ser humano. Ou alguma interpretação de um trecho bíblico escolhido para este momento.
Talvez este espaço servisse para ser rascunhado algum discurso que estabelecesse uma intertextualidade com algum sermão do pe. Vieira. Ou fosse apresentada uma série de tópicos que descrevessem este momento em que enuncio meu discurso, ou mesmo tópicos de ideias a serem desenvolvidas futuramente.
Esqueço qualquer profundidade semântica - peço que o façam. Apenas considero o espaço desta folha e o espaço físico em que me insiro. Apenas me importa a linearidade sintática que existe até aqui e que ainda virá a ser escrita e terminada ou por ponto final ou reticências ou uma frase inacabada.
Mas a sensação existente das vésperas de feriados que latejam pulsantes nas minhas veias é de completo emudecimento.
Iria primeiramente considerar o peso que um feriado traz para a existência ou a necessidade da religião ou um trecho bíblico ou um sermão religioso ou uma topicalização de ideias afins. Mas não frutificou. Não dei cabo à vontade.
Cheguei ao ponto problemático - vontade.
Nenhuma divindade ou potência ou ser ou impulso me inspirou uma vontade.
Apenas várias pessoas passando pelos corredores circulares do shopping, apenas sentado observando e sentindo este ritmo sinestesicamente confuso, escrevendo algumas linhas despretensiosas cujo raciocínio se pode resumir em





Gabriel Sant'Ana

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