Nunca virá a
Liberdade ainda que espere;
Cedo ou tarde nunca
seus olhos
Hão de voltar. Longo
tempo passou
E eu ansioso esperando.
Muito fiz e
deixei,
Minha mão ocupei
em árduos,
E sempre vazia voltava.
Invoquei tudo
quanto deus houve,
E nenhuma palavra.
Só o eco
Da minha
rouquidão.
Assim declaro.
As marcas da
gilete no rosto
De tanto fazer a
maldita barba
Que ainda não cai
branca.
Volto ao antigo
caminho,
Seguindo teus passos,
Impossível via de
imolação
Por que me
adentro
E me contamina.
A ti meu silêncio
oferto.
Gabriel Sant'Ana
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