quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Nunca virá a Liberdade ainda que espere;
Cedo ou tarde nunca seus olhos
Hão de voltar. Longo tempo passou
E eu ansioso esperando.
Muito fiz e deixei,
Minha mão ocupei em árduos,
E sempre vazia voltava.
Invoquei tudo quanto deus houve,
E nenhuma palavra.
Só o eco
Da minha rouquidão.
Assim declaro.
As marcas da gilete no rosto
De tanto fazer a maldita barba
Que ainda não cai branca.
Volto ao antigo caminho,
Seguindo teus passos,
Impossível via de imolação
Por que me adentro
E me contamina.
A ti meu silêncio oferto.

Gabriel Sant'Ana

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