segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Teu corpo inda sussurra

Divago pelos poros
pelo ar sufocado, preso.

Distendido na cama,
sequer manca, ou finge.

No espelho desfigura.

Pelos, seios, rubores
gemendo, desejando.

Recebendo em ardência.
Subjugando-te a mim.

Doze horas no quarto
de subúrbio barato,
num estrado rachado.

Teu corpo inda sussurra.
Asfixiando, sem peso,
em sangue, em látex,
em algodão e sêmen.





Gabriel Sant'Ana

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